Consentimento de Cookie

Esse site usa cookies ou tecnologia similar para melhorar sua experiência e sugerir recomendações personalizadas. Você concorda em usarmos Cookies para continuar a usar o NavSale?

Missão Compliance
Você sabia que Compliance está diretamente ligado à Internet das Coisas?

Dispositivos inteligentes e conectados já estão transformando nosso mundo e as forças competitivas nos negócios.

Neste texto, trabalharemos o conceito da Internet das Coisas (IoT), seu impacto na sociedade como um todo, sua relevância para o contexto político-social brasileiro e internacional e como o Compliance está presente neste tema.

IoT refere-se a dispositivos ou objetos conectados à internet, como o smartwatch, a geladeira de casa, fones de ouvido, lâmpadas e quase tudo que se pode imaginar. Esses dispositivos são capazes de coletar e transmitir dados pela internet, contribuindo para o mundo em que vivemos hoje, o chamado “big data world”.

Simplificando, Internet das Coisas é, basicamente, conectar qualquer dispositivo que possui um botão liga/desliga à internet. Isso também se aplica a componentes de máquinas pesadas, como, por exemplo, um motor a jato de um avião ou a perfuração de uma plataforma de petróleo.

As aplicações, como se pode perceber, são inúmeras e com elas crescem também as preocupações relativas à privacidade e segurança.

Mas por que você teria interesse em ter tantos dispositivos conectados conversando entre si? É possível que, pelo menos atualmente, as pessoas não tenham tanto interesse em ter uma casa amplamente conectada. Sob esse ponto de vista, a IoT pode não parecer lá muito relevante. Mas esse conceito não serve apenas para o lar: há aplicações não ligadas ao ambiente doméstico em que o conceito pode trazer ganho de produtividade ou diminuir custos de produção.

A tecnologia baseada em dados pode transformar as organizações. A grande questão de conectar objetos à rede é a possibilidade de interconexão entre eles, criando um ambiente de trabalho inteligente e funcional. Com a IoT, cria-se uma plataforma ainda mais robusta que servirá como base para decisões importantes e compatíveis com o cenário externo, como a relação do consumidor com os produtos da empresa em si.

Em hospitais e clínicas, pacientes podem utilizar dispositivos conectados que medem batimentos cardíacos ou pressão sanguínea, por exemplo, e os dados coletados serão enviados em tempo real para o sistema que controla os exames. Nas fábricas, a Internet das Coisas pode ajudar a medir em tempo real a produtividade de máquinas ou indicar quais setores precisam de mais equipamentos ou suprimentos.

A Internet das Coisas pode estar inserida em qualquer contexto, e, se bem utilizada, traz benefícios para a sociedade, para os negócios e diversos ramos de atuação.

Diante deste cenário – que pode ser considerado um pouco controverso, ou um mundo “VUCA” (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), se assim preferirem – o Brasil se coloca como um dos principais atores num cenário internacional onde diversos países estão tentando entender como regular ou mesmo se devem regular as aplicações da IoT em seus ordenamentos jurídicos. Assim, no dia 26/06/2019, foi publicado no Diário Oficial o “Plano Nacional de Internet das Coisas” que, ao contrário de outros planos publicados em nossa história recente, tem o objetivo de incentivar a adoção e difusão da IoT, sem criar as amarras regulamentais tão comuns em nosso país.

Esse plano vem na esteira da aprovação de uma proposta de padronização elaborada em conjunto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), no mês de abril pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que permitirá a compatibilidade entre os aparelhos de cerca de 190 países e mais de 700 empresas, consolidando uma posição de destaque na comunidade internacional.

Com isso, podemos entender que, assim como aconteceu com o Compliance, em que legislações internacionais foram elevando o nível de exigência dos países com relação à prevenção da corrupção, bem como uma padronização de processos e controles, o mesmo movimento acontece com o uso da tecnologia e proteção de dados. Este, portanto, é mais um tema para estar sempre no radar das empresas.

Bruno Henrique – Consultor de Gestão, Projetos e Compliance (Missão Compliace)
Gabriela Faria – Consultora de Comunicação, Divulgação e Compliance (Missão Compliace)
Roberta Codignoto – Sócia (Missão Compliace)